Estar triste em algum momento da gestação é normal, mesmo quando se desejou muito a gravidez? Um filho "fora de hora" pode trazer confusões de sentimentos para a gestante? A resposta para as duas perguntas é sim. Desejar muito um filho está correlacionado à idealizações que fazemos sobre esse novo ser e de como ele completará totalmente a nossa vida. Quando de fato inicia-se a gestação, a futura mamãe percebe a dimensão de realidade que isso traz para si e para os que estão à sua volta. É dessa confrontação que sentimentos ligados à insegurança podem surgir.
No caso de um filho não planejado, pode-se dizer que o mecanismo psicológico envolvido é semelhante ao da primeira situação, só que de forma inversa. Alguém que está comprometido com a sua realização profissional e/ou acadêmica, pode vislumbrar na gravidez fora de hora, um baque de realidade em seus sonhos.
Outro contexto em que a mulher pode necessitar de ajuda é quando a gestação passa por algumas intercorrências tais quais a possibilidade de parto prematuro, diagnóstico de problemas com o feto, baques emocionais familiares e gravidez de risco.
O pós-parto também pode se revelar uma fase delicada, com grandes oscilações de humor, perdas e ganhos que devem ser elaborados, assunção real de novas responsabilidades e transformação da relação conjugal. Instabilidades emocionais nesta fase que perdurem por mais de um mês devem ser avaliadas pelo profissional de saúde mental.
Nesses momentos, um trabalho psicoterápico poderá auxiliar a gestante e a puérpera a adequar os seus sonhos, desejos e frustrações a uma realidade possível, ainda que não aquela "ideal". Mas, quem disse que o ideal existe?
A equipe do Gestarte avalia a necessidade de tratamento psicoterápico para a gestante ou puérpera. Entre em contato conosco se necessita uma avaliação.
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Há a possibilidade de atendimento domiciliar no caso de gestação de risco e mulheres no pós-parto.
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